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7 de maio de 2016 - 19:04 | Geral

“Por mais tempo” chama a atenção para acesso aos tratamentos de última geração

“Por mais tempo” chama a atenção para acesso aos tratamentos de última geração

A Femama juntamente com todas as entidades associadas realiza mais uma campanha para chamar a atenção sobre a realidade brasileira em relação à alta e crescente incidência de câncer avançado de mama e ao tratamento.

Além da dificuldade de acesso ao diagnóstico precoce, as brasileiras que dependem do Sistema Único de Saúde enfrentam a morosidade do início do tratamento e a ausência de acesso aos tratamentos de última geração que podem dar mais tempo e qualidade de vida. Segundo a presidente da Rede Feminina de Combate ao Câncer de Xanxerê, Rita Pezzali, a entidade se engaja junto nessa campanha que se intitula “Por mais tempo”. Ela tem o objetivo de questionar sobre o que as pessoas fariam com mais um tempo extra na passagem pela vida, já que milhares de mulheres brasileiras não estão tendo esse direito básico, o direito a mais vida, quando não têm acesso aos tratamentos de última geração para o câncer de mama avançado.

Enquanto nos Estados Unidos, exemplo de país desenvolvido, apenas 8,4% das mulheres detectam o câncer de mama em estágio avançado, no Brasil, 45,8% das brasileiras têm a detecção do câncer de mama em estágios avançados. Apenas 10% das brasileiras têm diagnóstico de câncer de mama no estágio inicial da doença, com tumores menores que dois centímetros e ainda não palpáveis, o que significaria 90% de chance de cura. “Enquanto países desenvolvidos como os Estados Unidos têm uma relação de 19 mortes por câncer de mama para cada 100 pacientes diagnosticadas com a doença, na América do Sul, essa proporção sobe para 29,8 mortes. São esses dados que nos levam a participar dessa campanha e chamamos para que todos participem dessa ação em prol de um tratamento igualitário para todas as mulheres portadoras de câncer de mama avançado para que tenham mais tempo e mais qualidade de vida”, argumenta.

Tratamentos modernos não estão disponíveis pelo SUS

Segundo informações da Femama, mesmo com os avanços em relação ao câncer de mama, as políticas públicas nessa área ainda precisam de maior abrangência. Os tratamentos mais modernos para o câncer de mama avançado já têm cobertura obrigatória nos planos de saúde particulares, mas ainda não estão disponíveis para todas as mulheres com câncer de mama avançado, já que não fazem parte do SUS. Dos 37 pedidos de inclusão de medicamentos contra o câncer em 2012, apenas oito foram aprovados. Enquanto isso, medicamentos para outras doenças tiveram mais aprovação. De janeiro a dezembro de 2014 foram feitos 65 pedidos de inclusão, dos quais 54 foram aceitos.