Para manter a autoestima das mulheres que passam pela cirurgia da retirada da mama por causa do câncer, há a possibilidade da utilização de próteses mamárias externas que atualmente são feita de silicone.
As próteses mamárias são disponibilizadas através do Serviço de Pesquisas Oncológicas de Santa Catarina (Cepon). A Rede Feminina de Combate ao Câncer de Xanxerê tem demanda de aproximadamente oito próteses mamárias externas por mês para Vitoriosas de Xanxerê e da região. Porém, os pedidos dessas próteses através do Cepon estão temporariamente suspensos, porque a verba designada para o pagamento da clínica credenciada está em atraso. Por isso, até normalizarem os pagamentos, não há possibilidade das instituições enviarem pedidos.
A informação é de que o Estado deixou de repassar cerca de 49,9 milhões ao Hemosc e ao Cepon. Foi realizado um acordo de que o Estado regularize aos poucos a dívida para que os serviços retornem normalmente. Caso não haja a regularização da dívida, outras atitudes serão tomadas pelo Cepon como a recusa de receber novos pacientes e a paralisação das cirurgias eletivas.
Produção de próteses artesanais
Por causa da paralisação temporária dos pedidos de próteses externas ao Cepon, a RFCC de Xanxerê está voltando no tempo para poder atender a demanda. Quando a instituição começou as atividades no município, a disponibilização possível era de próteses artesanais produzidas na entidade. Assim, enquanto os serviços estiverem suspensos, Vitoriosas e voluntárias irão produzir as próteses artesanais que são feita com painço, um grão leve que deixa a prótese possível de ser utilizada.
A Rede Feminina já está preparando os grãos para que as próteses comecem a ser produzidas. Por enquanto, irão para produção oito próteses de Vitoriosas que já estão no aguardo da mesma. Conforme houver demanda, mais unidades serão produzidas. Segundo a Vitoriosa, Neuza Ana Biedermann, que teve que fazer a retirada de uma mama por causa do câncer há 12 anos, a preferência ainda é pela prótese artesanal. “Eu uso a artesanal há 10 anos, porque quando eu comecei a usar, ainda não tinha a de silicone. Eu tenho as duas, mas principalmente no verão uso a de painço, porque ela não sua tanto e a de silicone não deixa transpirar”, explica. No inverno, Neuza Bierdermann, prefere usar a de silicone que é mais quente, mas em comparação às duas, a preferência é pela artesanal. “Inclusive eu acho essa de painço melhor, porque se aperta a blusa ela se ajeita melhor do que a de silicone, ficando mais parecido com a mama”, finaliza.