Completar 15 anos é sempre um marco na vida de uma pessoa, já que essa data separa partes importantes já vividas, de autoconhecimento, construção e crescimento. Isso ampara e dá base para os próximos caminhos que surgirão a serem seguidos, incluindo escolhas e desafios. Para uma instituição, isso não é diferente, ainda mais quando se fala em saúde e em uma das doenças que mais cresce no mundo: o câncer. Nesse ano, a instituição comemora 15 anos de atividades na sede e, para contar a história, será realizada uma série de reportagens com emocionantes depoimentos.
O grupo de voluntárias da RFCC é dividido em internas e externas. As voluntárias internas são aquelas que atuam diretamente com as Vitoriosas no dia-a-dia e atividades da sede e as externas são aquelas que colaboram sempre que são chamadas para reuniões e eventos externos. “O voluntariado é o conjunto de ações de interesse social e comunitário em que toda a atividade desempenhada reverte-se a favor do serviço e do trabalho com objetivos de escolaridade, civíca, cientificos, recreativos, culturais… É feito sem recebimento de qualquer remuneração ou lucro. É uma profissão de prestígio social, visto que o voluntário ajuda quem precisa, contribuindo para um mundo mais justo e mais solidário” (Wikipedia). Uma das primeiras voluntárias da instiuição e que hoje em dia atua como vice-presidente e também voluntária interna é Margarida Maria Accadrolli. Para ela, o voluntariado é uma troca de energia e compartilhamento de histórias de superação de cada uma das Vitoriosas.
Esse tipo de trabalho é uma maneira das pessoas exercerem o papel de cidadão ativo na sociedade e uma forma de doar o tempo e o conhecimento por uma causa em que acredita. Ao contrário do que muitas pessoas pensam, o trabalho voluntário precisa de profissionalismo, compromisso e dedicação, já que é uma atividade que precisa ser levada de tal maneira. Segundo a voluntária e secretaria da Diretoria, Marivete Zaffari, estar junto das Vitoriosas através do voluntariado é uma troca constante, dar e receber. Atuo voluntariamente como Assistente Social na equipe técnica da RFCC, procurando identificar as dificuldades das vitoriosas e contribuir no acesso à informação dos direitos e no encaminhamento das mesmas redes de atendimento do município , para que elas tenham uma melhor qualidade de vida durante e após o tratamento oncológico”.
A Rede Feminina de Xanxerê utiliza um treinamento anual para inserção de novas voluntárias. As interessadas devem preencher cadastro junto a secretaria na sede da instituição, para depois participar do treinamento para conhecer os trabalhos desenvolvidos e tirar dúvidas. A próxima fase é a participação de uma entrevista para verificar aptidões e o perfil da voluntária para receber um parecer da Diretoria.
“Tenho aprendido muito nas tardes em que estou na RFCC, principalmente na valorização da vida, em ter foco, persistência e fé. Aprendi que é possível fazer novos amigos, ter momentos alegres e felizes mesmo quando a vida nos coloca a prova. Sou grata pela vida que tenho e quero retribuir e colaborar com a sociedade. Penso que o nosso tempo deve ser apenas usado com o que é importante e o trabalho com as vitoriosas é muito importante e gratificante. Ganho também muitas coisas como satisfação, amigos, contatos, apoios e realização pessoal e profissional”. (Marivete Zaffari)
“Procuro sempre doar o melhor de mim para fazê-las felizes. Agradeço a Deus por fazer parte dos 15 anos da RFCC e poder dividir os mesmos objetivos, doar amor e carinho. Amo o que eu faço, tenho só gratidão!” (Margarida Maria Accadrolli)
“É muito gratificante poder compartilhar e ajudar as nossas guerreiras Vitoriosas. Apesar das suas fragilidades, elas são muito carinhosas. É muito bom ser Voluntária e se doar para a Rede Feminina” (Cleciema Wustro)
“Para mim o trabalho voluntário representa, além de uma realização pessoal, também um grande aprendizado. Estou prestando um trabalho comunitário com pessoas que necessitam de assistência através do nosso trabalho e conforto, servindo de troca de experiências tanto para as Vitoriosas quanto para nós. Para mim, elas representam um exemplo de vida, coragem e elas são um símbolo de gratidão.” (Neida Roso)
“Vejo o voluntariado como um compromisso em ajudar no que for preciso. Eu indico sejam voluntárias, dediquem algumas horas do seu tempo pois temos capacidade, habilidade e dons para fazer o bem à alguém. Só assim temos a chance de conhecer pessoas iluminadas, lutadoras e guerreiras. Para mim, ser voluntária significa um grande sonho e Deus me presenteou com a possibilidade de estar com essas mulheres maravilhosas”. (Jussânia Sguario Zaffari)
“Estar junto das Vitoriosas, através do voluntariado, significa uma oportunidade de poder auxiliar o próximo em um momento tão delicado em que a sensibilidade e a empatia são tão importantes. A minha relação com a rede é recente, mas já houve a percepção da importância do trabalho que a Rede realiza e principalmente da necessidade da sua continuidade. O pouco que fazemos somado ao auxílio dos demais faz a diferença na vida de muitas pessoas!” (Kaline Perondi Astolfi)